terça-feira, 6 de setembro de 2011

Um pequeno conto pra embalar suas noites de sono
espero que vocês se divirtam, e lembrem-se é apenas um conto, mal escrito.

" Era tarde da noite, as horas passavam de forma rápida por entre os ponteiros do seu relógio. Olhava atento para aquele bilhete que sua mão tremula segurava. Talvez seu destino se encerrasse ali, mas quem iria saber? Era apena mais um bilhete em branco, igual aos que recebera durante toda a semana. Apenas o destinatário escrito, e lá estava seu nome. Sem remetentes. Lá estava com uma escrita de bela ortografia. Não saberia o que dizer.
A princípio não dera muita importância quando o primeiro chegou. Mas a cada dia que passava, um bilhete em branco lhe era deixado embaixo da porta. Por quem? Ele não sabia. Passava horas em frente à porta no aguardo, mas nestes dias o bilhete só lhe era entregue quando se distraia ou adormecia.
Não sabia o que pensar, ou o que dizer dele. Poderia ser uma crítica, um elogio. Uma ameaça ou quem sabe um aviso. Aqueles pensamentos invadiam sua cabeça. Era angustiante não entender ou compreender algo tão simples como um bilhete. Ali em sua frente, de forma incisiva, todos os dias. Mas ele se sentia incapaz de decifrar o mistério, o segredo por detrás disto tudo.
Depois que tudo isto começou, sua rotina mudou, não dormia muito, não comia quase nada e passava horas sentando a mesa, fumando (habito que havia abandonado há muito tempo) e com os olhos fitados naqueles bilhetes, que vinham se amontoando sobre sua pequena mesa de estar. Seus olhos variavam da tristeza, para raiva, passava pela indiferença e muitas vezes beirava o desespero!
Com o passar do tempo, meses talvez (ele havia perdido a noção de tempo, sua vida passara a ser contada por bilhetes), os bilhetes amontoaram-se em sua porta. Situação que não agradava seus vizinhos. E levados não pela curiosidade, mas pelo desprezo e pela raiva de ver seu ambiente poluído por aquela imagem de um monte de bilhetes no meio dos seus caminhos, foi movido por este fato que seus vizinhos resolveram fazer uma incursão e repreende-lo.
Foram dias de tentativas em vão. Até que tomados pela fúria de um, todos optaram por derrubar a porta e repreender o dono, o destinatário daqueles bilhetes. Pobre coitado, se tivesse a solução para o problema ele mesmo a teria tomado. Mas a única forma que encontrou não foi por fim àquele infindável tormento que um bilhete em branco pode trazer, mas por fim a sua vida, pois assim se sentiria triunfante. Pois acreditava que para onde iria agora talvez esse bilhetes nunca lhe alcançassem ( e foi essa duvida, este pequeno talvez que piscou em sua mente que o fez estremecer mais do que esperava em seus últimos minutos de desespero, enquanto seu corpo pendia sobre uma corda no pescoço presa ao teto de seu apartamento)."

2 comentários:

  1. Adorei meu amor!! Quero depois um conto com final mais feliz...

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  2. Eu sabia que ia terminar em morte, mas achei que o remetente o mataria...
    Muito bom o conto!!! Publica mais desses, eu adoro tragédia... kkkkkkkk

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