espero que vocês se divirtam, e lembrem-se é apenas um conto, mal escrito.
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Era tarde da noite, as horas
passavam de forma rápida por entre os ponteiros do seu relógio. Olhava atento
para aquele bilhete que sua mão tremula segurava. Talvez seu destino se encerrasse
ali, mas quem iria saber? Era apena mais um bilhete em branco, igual aos que
recebera durante toda a semana. Apenas o destinatário escrito, e lá estava seu
nome. Sem remetentes. Lá estava com uma escrita de bela ortografia. Não saberia
o que dizer.
A princípio não dera muita
importância quando o primeiro chegou. Mas a cada dia que passava, um bilhete em
branco lhe era deixado embaixo da porta. Por quem? Ele não sabia. Passava horas
em frente à porta no aguardo, mas nestes dias o bilhete só lhe era entregue
quando se distraia ou adormecia.
Não sabia o que pensar, ou o
que dizer dele. Poderia ser uma crítica, um elogio. Uma ameaça ou quem sabe um
aviso. Aqueles pensamentos invadiam sua cabeça. Era angustiante não entender ou
compreender algo tão simples como um bilhete. Ali em sua frente, de forma incisiva,
todos os dias. Mas ele se sentia incapaz de decifrar o mistério, o segredo por detrás
disto tudo.
Depois que tudo isto
começou, sua rotina mudou, não dormia muito, não comia quase nada e passava
horas sentando a mesa, fumando (habito que havia abandonado há muito tempo) e
com os olhos fitados naqueles bilhetes, que vinham se amontoando sobre sua
pequena mesa de estar. Seus olhos variavam da tristeza, para raiva, passava
pela indiferença e muitas vezes beirava o desespero!
Com o passar do tempo, meses
talvez (ele havia perdido a noção de tempo, sua vida passara a ser contada por
bilhetes), os bilhetes amontoaram-se em sua porta. Situação que não agradava
seus vizinhos. E levados não pela curiosidade, mas pelo desprezo e pela raiva de
ver seu ambiente poluído por aquela imagem de um monte de bilhetes no meio dos
seus caminhos, foi movido por este fato que seus vizinhos resolveram fazer uma
incursão e repreende-lo.
Foram dias de tentativas em
vão. Até que tomados pela fúria de um, todos optaram por derrubar a porta e
repreender o dono, o destinatário daqueles bilhetes. Pobre coitado, se tivesse
a solução para o problema ele mesmo a teria tomado. Mas a única forma que
encontrou não foi por fim àquele infindável tormento que um bilhete em branco
pode trazer, mas por fim a sua vida, pois assim se sentiria triunfante. Pois
acreditava que para onde iria agora talvez esse bilhetes nunca lhe alcançassem
( e foi essa duvida, este pequeno talvez que piscou em sua mente que o fez
estremecer mais do que esperava em seus últimos minutos de desespero, enquanto
seu corpo pendia sobre uma corda no pescoço presa ao teto de seu apartamento)."
Adorei meu amor!! Quero depois um conto com final mais feliz...
ResponderExcluirEu sabia que ia terminar em morte, mas achei que o remetente o mataria...
ResponderExcluirMuito bom o conto!!! Publica mais desses, eu adoro tragédia... kkkkkkkk