sexta-feira, 30 de setembro de 2011

PROVERBIOS



PROVERBIOS

Quem não tem cachorro
Caça com gato.
Quem não tem gato
Caça com rato.
Quem não tem rato
Mata a dentada.
Quem não tem dente
Pode usar dentadura!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011


URUBU-REI

Urubu que sou,
Voo por cima
dos Lobos que uivam
Ignorância.
Pois está longe
O dia em que
A Terra dos Lobos
Se igualará
Ao céu dos Urubus!
Porque do céu
Urubu sou Rei
com minhas poesias
que cantam a miséria
da alma humana!
E da miséria
esquecida ao tempo
vejo poesia!
oh Terra coberta de dejetos,
Faço com teu sofrimento
A minha lira!
Te vejo como uma fênix
prestes a renascer!
Vida e explendor!
Pois chegará o dia
em que te livrarás de teus lobos
E serás a mais bela Rainha!
...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

DESPERTAR

Na imensidão mergulho.
Pensamentos loucos,
muitas vezes desvairados,
do que sou.

Não é o relampejar de ideias
no horizonte de minha alma,
é a escuridão de incertezas
que vem depois que me assusta.

Fico assim, solitario em meus sonhos
incompreensiveis para mim.
Incognita certeza, brilho fulgaz
que a leve brisa de realidade desfaz.


sábado, 24 de setembro de 2011

TERMINE ESSA HISTÓRIA:
O site da bienal lançou um concurso pra concluir um texto do autor Ronaldo Correia de Britoaqui (escrita grife laranja) usando até 240 caracteres. Abaixo sem o grife vai minha conclusão para o fim desta história (totalizando 238 caracteres):

"Ele deita novamente, levanta a perna e a repousa no ombro da namorada. Escuta o barulho da rua, pedaços de conversa, a porta do elevador do prédio batendo com força. Os motoristas ignoram a lei e buzinam forte. Flashes luminosos projetam figuras nas paredes e nos móveis. Ela acaricia a perna suspensa, desce a mão até a coxa e ao sexo apaziguado, querendo reanimá-lo. O rapaz retira a mão com carinho, lambe os dedos que o excitam e pede cerveja. Lembra mais um verso falando de corpos que não devem repetir-se na noite. Ainda são dez horas, não quer dormir no apartamento da namorada e nunca tem ânimo para um segundo turno de sexo. Levanta-se, veste a calça e espera a cerveja. Quando a moça chega com a bebida, bebe dois copos como se fosse água."

Distraído em satisfazer seus instintos, não percebia: era uma repetição as suas vidas. Estendeu o copo: "quero mais", e os olhos dela refletiram revolução. Negou-lhe, estava livre, não lhe daria mais cerveja em troca de migalhas de Amor.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

LIMBO 2ª PARTE

LIMBO
2ª PARTE
Cada músculo em seu corpo doía. A carga do esforço foi superior ao impossível. Mas, agora, fora do ambiente claustrofóbico do clube, visão turva, respiração rápida como as batidas de seu coração e incapaz de se mover um milímetro, o ambiente era menos opressivo. O ar com um odor semelhante à fumaça, lembranças de uma cidade que a pouco estivera em chamas, dificultava sua recuperação. Tossiu. Aquele odor castigava seus pulmões.
Tentou em vão simular um sorriso, os músculos da face não tinham vigor. Por fim, não resistiu. O corpo tombou sobre o chão, asfalto quente, como se por debaixo queimasse o inferno. Apesar de seu corpo reclamar, era o único conforto que poderia ter.
Ficou parado a espera de auxilio, o qual não chegou. Preferiu mais uma vez abrir os olhos, lentamente, com a pouca força restituída, separando suas pálpebras. A visão do mundo chegava como agulhas transpassando seus olhos. O coração batia descompassado no peito, sua respiração não saciava a fome por ar.
Tremulou, não por fraqueza, mas por terror: estava diante de um enorme muro cinza (como tudo a sua volta) pichado com a frase: “DECIFRA-ME OU TE DEVORO”. A cruel realidade tornava seu pesadelo ainda mais aterrorizador. Ao lado, um enorme relógio elevava-se, inquisidor, os ponteiros estáticos marcando 12:25.
Não compreendia este novo mundo, cinza. Apertou com força seu peito, seu coração prestes a explodir. Olhou em todas as direções, mas o mundo continuava cinza. Haviam tirado dele toda a cor.
(CONTINUA)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Uma ótima e concisa analise feita por Luisa no site da Bienal Internacional do livro de Pernambuco no dia 11.09.2011 as 8:43 da Poesia "NA PONTA DO LAPIS", a qual trancrevo abaixo:

"Oi, Rodrigo!
Adorei o tom um tanto opressivo, sufocado, transmitindo todo o sofrimento do eu-lírico com imagens até mesmo físicas – a figura da navalha, o sangue vertido…
Outra coisa que adorei foi a brincadeira que você fez com vários aspectos da linguagem escrita, como os tempos verbais (pretérito-presente-futuro) – pessoalmente adoro essas metáforas.
Já na quarta estrofe você volta a usar essa relação, mas passando uma excelente imagem de um eu-lírico completamente perdido, cuja noção de sentido (provido pela pontuação) lhe foi roubada. Com a perda das rimas, fui levada a pensar em uma perda de musicalidade, de arte, de beleza na vida do indivíduo, também roubada pelo destinatário do poema.
(Não repare, às vezes viajo demais na leitura e acabo enxergando coisas um tanto sem-noção…)
Por fim, achei bastante bem-vindo o tom da última estrofe. Quebra um pouco o tom oprimido do eu-lírico, permitindo ao leitor entrever uma nesga de esperança… uma tentativa de reconstrução do eu-lírico em curso.
Enfim, excelente poema, rico em elementos sensoriais e em brincadeiras com palavras e ideias. Continue escrevendo!
Parabéns"

sábado, 10 de setembro de 2011

LIMBO

Estou dando inicio a um conto que escreverei em partes, tenho a ideia deste conto já há algum tempo e não sabia como inicia-lo e hoje apresento a vocês a primeira parte. Divirtam-se.


LIMBO - 1º PARTE:

Seus olhos não transpareciam a calma que seu corpo tentava demonstrar. Não entendia o que lhe acontecera. Quanto tempo perderá ali deitado, com o rosto sobre a privada? Uma enorme dor de cabeça o acordara. Não era enganado por seus sentidos: estava vivo. Mas aquele lugar: parecia o purgatório. Sua última lembrança: “uma noitada com muita bebida na melhor boate de Recife”. Após entrar no banheiro uma nuvem negra lhe cobriu os olhos. Não sabe por quanto tempo ficou ali, caído sobre a privada. Um pequeno fio de sangue descia por sobre sua boca. Mas não havia dor. Funcionava como analgésico em sua alma o ar desolado e esquecido no tempo daquele banheiro. O silêncio lhe era muito mais doloroso, num lugar para o qual não existia espaço para músicas amplificadas por milhares de caixas de som espalhadas pela boate. As cores não estavam mais presentes ali, era de uma cinza que contaminava a alma, um ambiente ausente de vida.
Seus olhos não se adaptavam ao ambiente, era um estranho, preso em um mundo que a cada segundo parava no tempo. Um leve rodopiar da cabeça quando tentou levantar-se fez com que segurasse nas paredes laterais de compensado. Sentiu uma dolorosa contração em seu estômago, uma luta contra aquele ambiente hostil, uma tentativa de expurgar aquele feitiço que apoderava sua alma, mas era impossível, pois não havia nada em seu estômago, apenas dor. Tentou vencer, pois ficar ali mais tempo era se integrar àquele ambiente, eternamente esquecido no tempo e de quem era.
Superando toda a dor que se espalhava por seu corpo, saiu caminhando, de forma que quem o visse de longe certamente diria: “está embriagado”. À medida que passava do banheiro para o salão de festa, a dor se aprofundava por sua alma. Era como ser consumido pela ausência de vida em todo o ambiente.
Não estavam ali dezenas de jovens, que como ele, pulavam cheios de vida. Talvez ascenderam ao paraíso e deixaram-no para carregar todos os pecados cometeram. O peso, cada vez maior e a porta de saída, cada vez mais perto, mas a cada passo, sentia-se incapaz de concluir o percurso.
Diante da porta, cambaleou e uma enorme nuvem negra desceu por sobre sua cabeça, não seria mais dono de si. Com um grito por liberdade vindo da profundeza de sua alma, cruzou a pequena distancia que lhe faltava: saiu da boate e exorcizou, por enquanto, o peso do purgatório.
(CONTINUA)
Amigos finalmente consegui ver minha poesia NA PONTA DO LÁPIS publicada no site da Bienal, por favor visitem e se continuarem gostando, deixem um comentario lá também!
Assim ajundam a divulgar nossa poesia!
Obrigado a todos os Amigos!

site: http://www.bienalpernambuco.com/conte-sua-historia
direto para minha poesia: http://www.bienalpernambuco.com/na-ponta-do-lapis

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

REFLEXÕES
Andei pensando
o Layout vende a merda do produto
um bom livro só se faz com uma boa capa
pelo menos antes de ficar famoso
então tentarei revisar a cara do meu blog
vou ver se deixo ele "bonitinho".
Trabalho arduo para quem não tem tempo
respiro porque é algo automatico ao organismo
porque se tivesse que pensar e respirar, talvez na correria
já tivesse morrido sufocado..roxo.

ADEUS

São como as lagrimas
em dia de chuva
que se confudem
com a tristeza da alma.

Em nuvens de melancolia
flutuam lembranças
que se desfazem
Ante suave trágica natureza.

O doce toque do orvalho
que nunca chegou,
É como o leve toque da dor.

Eis o útlimo suspiro do moribundo
perante o frio beijo da morte,
Emplastro da alma
que não traz na cura alegria.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

É com imensa tristeza que tento pela milesima vez tentar escrever uma poesia, um texto meu  na área "conte sua história" da VIII Bienal Internacional do livro de Pernambuco. Mas infelizmente, como em todas as outras tentativas, o insucesso. Não sei porque  fico horas esperando e não vejo meu texto aceito.
Talvez uma institucionlazição, um espaço reservado para "amigos", o que seja, não sei dizer, o que apenas sei amigos, é que por algum capricho da modernidade, me vejo exlcluido de divulgar minha obra, meu blog.
Talvez com isto, não eu, mas a Bienal para o que seria proposta, não se seja completa, a não ser divulgar "novos" velhos talentos. E muitos como eu, continuaremos aqui no anonimato, mas no carinho dos amigos e daqueles que nos visitam e livres das regras ditadas pelas editoras.
Abraços a todos e uma ótima noite!
Um pequeno conto pra embalar suas noites de sono
espero que vocês se divirtam, e lembrem-se é apenas um conto, mal escrito.

" Era tarde da noite, as horas passavam de forma rápida por entre os ponteiros do seu relógio. Olhava atento para aquele bilhete que sua mão tremula segurava. Talvez seu destino se encerrasse ali, mas quem iria saber? Era apena mais um bilhete em branco, igual aos que recebera durante toda a semana. Apenas o destinatário escrito, e lá estava seu nome. Sem remetentes. Lá estava com uma escrita de bela ortografia. Não saberia o que dizer.
A princípio não dera muita importância quando o primeiro chegou. Mas a cada dia que passava, um bilhete em branco lhe era deixado embaixo da porta. Por quem? Ele não sabia. Passava horas em frente à porta no aguardo, mas nestes dias o bilhete só lhe era entregue quando se distraia ou adormecia.
Não sabia o que pensar, ou o que dizer dele. Poderia ser uma crítica, um elogio. Uma ameaça ou quem sabe um aviso. Aqueles pensamentos invadiam sua cabeça. Era angustiante não entender ou compreender algo tão simples como um bilhete. Ali em sua frente, de forma incisiva, todos os dias. Mas ele se sentia incapaz de decifrar o mistério, o segredo por detrás disto tudo.
Depois que tudo isto começou, sua rotina mudou, não dormia muito, não comia quase nada e passava horas sentando a mesa, fumando (habito que havia abandonado há muito tempo) e com os olhos fitados naqueles bilhetes, que vinham se amontoando sobre sua pequena mesa de estar. Seus olhos variavam da tristeza, para raiva, passava pela indiferença e muitas vezes beirava o desespero!
Com o passar do tempo, meses talvez (ele havia perdido a noção de tempo, sua vida passara a ser contada por bilhetes), os bilhetes amontoaram-se em sua porta. Situação que não agradava seus vizinhos. E levados não pela curiosidade, mas pelo desprezo e pela raiva de ver seu ambiente poluído por aquela imagem de um monte de bilhetes no meio dos seus caminhos, foi movido por este fato que seus vizinhos resolveram fazer uma incursão e repreende-lo.
Foram dias de tentativas em vão. Até que tomados pela fúria de um, todos optaram por derrubar a porta e repreender o dono, o destinatário daqueles bilhetes. Pobre coitado, se tivesse a solução para o problema ele mesmo a teria tomado. Mas a única forma que encontrou não foi por fim àquele infindável tormento que um bilhete em branco pode trazer, mas por fim a sua vida, pois assim se sentiria triunfante. Pois acreditava que para onde iria agora talvez esse bilhetes nunca lhe alcançassem ( e foi essa duvida, este pequeno talvez que piscou em sua mente que o fez estremecer mais do que esperava em seus últimos minutos de desespero, enquanto seu corpo pendia sobre uma corda no pescoço presa ao teto de seu apartamento)."

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

FLASHBACK

Ola amigos que visitam meu blog,
desculpem não ter postado mais nada, estou numa correria danada, mudança, trabalho, estudos.
mas tudo bem, mesmo nestes momentos de caos, é revirando o passado (e olha é o que ando fazendo estes dias aqui enquanto separo o que vai e o que não vai para nova casa) encontrei um manuscrito de uma poesia de quando eu tinha 17 anos, o qual fiz para pertubar uma amiga, apaixonada pela linguagem culta, pela metrica. Ela contem toda a irreverência de um adolescente. Espero que deem risadas como eu dei ao reler esta poesia.


ALIMENTAÇÃO
Diversão:
Trepar como um cão
com aquele mulherão
que tem um belo rabão
que chega a me dar tesão.
Não aceito não
Ô mulher dos peitão
Você realmente é um avião.
Eu tenho um cartão
compro você e compro um carrão
como tempo o carro vai pro lixão
Você, com os peitos no chão.
Te dou um empurrão,
Te troco por aquele filezão.
Não grite palavrão
que eu tenho educação
Calo tua boca, te boto num caixão
Me boto numa embarcação
E espero da vida a finalização.