quarta-feira, 27 de julho de 2011

Suas Lágrimas
são como ácida chuva
cáustica em meu coração.

O seu toque,
como a doce lembrança
de um dia de Sol,
 que aquece meu coração.

E assim caminho
por entre dias e noites
nos confins de minha alma
nas bordas do meu desejo.

O principio talvez,
que se confunde com o meio
aonde não existe chão
para quem Deus deu a beleza
de um anjo e sonhos como asas

Seus labios são como a loucura
para o moribundo
que busca no deserto
o Oasis, ilusão de desejo.

Em duas enormes Luas
seus olhos me fitamdo céu,
Eu mero mortal,
e você Deusa de volupia.

Olhos brancos como leite
que se confundem
com o desejo que transborda
pela ponta de seus seios.

Como planta busco
Em seu ventre
O doce nectar da vida!

Como homem de barro
me moldas conforme os seus desejos,
conforme o seu prazer!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Minhas idéias me fogem
Como se nunca minhas fossem.
Frágeis como as folhas secas
Queimam diante do meu desejo.

Ímpeto instito,
palavras ao vento.
Corro por entre
Páginas em branco.

Não me faltam idéias,
Mas sonhos que teimam em ser sonhos
E palavras em ser só palvras.

domingo, 17 de julho de 2011




Dizem que Quem semeia vento
colhe tempestades.
Mas quem semeia sorrisos,
só pode ser um palhaço!


Pensem nisso e felicidades!!!!
Recife chove.
É engraçado como a falta de Sol afeta nosso humor.
Ficamos de certa forma em um estado de letargia.
Se fosse um urso estaria agora hibernando.
Mas é um luxo que só os ursos tem... infelizmente o nosso desenvolvimento na cadeia alimentar, as cobranças que nos submetemos, nos faz trabalhar como formiguinhas, de forma incessante até a morte.
Pois é engraçado, que mesmo aposentado, procuramos algo para fazer, pra nos sentirmos úteis, produtivos.
É isto, a sociedade cobra que sejamos sempre produtivos.
E para ser produtivos precisamos realmente estar trabalhando?
Não podemos ser produtivos viajando pelo Brasil, pelo mundo? visitando um múseu, indo ao teatro, vendo um bom filme? apreciando um bom vinho, uma boa comida?
Será que não podemos ser produtivos com quem Amamos? dedicar a vida apenas a viver?
Pelo menos nos dias de inverno... Ficar deitado em uma cama macia, com uma boa companhia, num abraço apertado, curtindo este clima maravalhiso, feito para namorar?
Será que não podemos ser produtivos com nossa vida?
Abraços a todos e um ótimo fim de Domingo de chuva!
Ps: O Brasil perdeu de forma humilhante no futebol hoje, nos penaltis, acho ue um resultado esperando.

sábado, 16 de julho de 2011



Cansei de ser sozinho.
Para ser feliz
 precisa ser a dois?
se me completo com um e meio.

terça-feira, 12 de julho de 2011

FIM

Não sei o que corre
em minhas veias,
se não o desejo
de viver.

Não ti engano
com frases desvairadas
nem ti iludo
com beijos sem Amor.

Se ti trago
a um jardim esquecido
se ti planto
flores e espinhos,
é porque talvez
não existam as respotas.

Talvez a dor
da dúvida seja mais forte
E a certeza da Loucura
fale mais alto.

E em feveiros
escondo minha tristeza.
Pois sei que sou o Pierrot,
e que tu buscas ao Arlequim!

IRA

Lábil Amor
Queres me vender.
Com seus lábios
pintados de mentira
tentas me convencer.

Não sou peão,
que neste jogo
queres me envolver.
Pensas que és a rainha?
Mas na minha vida
eu sou o rei.

Seu olhos monossilábicos
não revelam suas intenções.
Mas Seu corpo exala
O perfume das suas mentiras!

Não me guie
por caminhos tortos
no mar revolto
para os arrecifes.
Pois da vida
sou marujo astuto.
E não tenho a ti
como farol guia,
Mas como implacável
sereia, que com teu canto
tenta me seduzir.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

LIBIDO

Não existem sonhos
suficientemente grandes
que não caibam
no infinito de teus olhos.

Não existe dor
nem sabor,
que transborde por seus lábios.

É a distancia do teu toque
que se confude
com a imensidão de seu sorriso,
que engana meus sentidos
que embaraça meu coração!
EMBREAGUEZ

A noite é uma dose enebriante
de sonhos e desejos.
Que nos embriaga todos os dias
como uma cerveja barata,
amarga a minha vida!

Menina levada,
brinca a Lua com minhas fantasias,
sorriso sádico, beleza intangível.
Espectadora impassiva;
Doce medusa, me petrifica.

Desnudas meu corpo de teu manto;
Desvendas a anatomia dos meus sonhos.
Sou filho orfão do dia,
sou escravo, cego da noite.


"Meu coração vive cheio de Amor e deserto"
Talvez muitos estejam neste momento se perguntando por que "O Suicida"?
É apenas uma questão meramente metafórica. Não no sentido de abrir mão da vida como a conheços, como materia. Mas é uma proposta muito mais complexa. Entre 2002 e 2004 tive a idéia, talvez louca, de lançar um jornalzinho, meio que amador, com a proposta de expressarmos a nossa visão de mundo, nos expormos com o intuito de fazermos que aquilo gerasse crítica e da crítica dialogo e do dialogo crescimento tanto intelectual, como pessoa. Infelizmente, na época minha idéia não foi bem aceita e não durou a 1ª edição. Contudo, é com imenso prazer, que faço uma homenagem a este sonho passado que faço reviver aqui na forma de um blog, aonde vou expor minhas poesias, contos e idéias. E espero que todos possam compartilhar e embarcar comigo neste sonho. "O Suicida" propõem a morte, não como fim, mas como principio, a morte dos nossos pré-conceitos, para que vejamos um mundo sob um novo prisma, um prisma de prazer, inteligência e quem sabe algo mais sobre a vida, a leitura, e as demais artes, e até o mundo!
um abraço a todos e boa semana!

domingo, 10 de julho de 2011





NA PONTA DO LÁPIS

Não percebes como me feres?
como me cortam as tuas palavras?
É como lamina afiada,
navalha em carne tuas palavras.

Sádica poesia escreve,
palavras escritas com sangue,
não se apagam com o tempo;
nem se desfazem com lagrimas.

Não há tradução fiel;
nem verbo que se conjugue;
é a minha vida que escreves;
revelas meu preterito,
destrois o meu presente,
Brincas com meu futuro.

E o que sobra de minha vida?
Não se contentas com meu sofrimento
E roubas as virgulas, os pontos
e não deixas rimas.

Podes tingir minha pele
com sua escrita de palavras tortas,
podes usar cada gota de meu sangue;
mas nunca irás tingir meus sonhos;
pois dela só eu sou dono!




O SUICIDA

Segurou entre seus braços
seu peito descoberto,
prendeu o último suspiro
seu grito de liberdade.

Lançou-se ao chão!
de suas mãos desnudas
sua vida lhe fugia
em rios rubros de Alegria.

Não sentia culpa
nem vergonha,
seu cerebro não mentia;
era agora a mais pura verdade
o caminho que seguia.

Era a pequena onda
que crescia.
Com rubra tinta ele pintava,
a verdade ele estampava;
agora, sua vida, só a ele pertencia;
pois livre e sem medo de pensar
ele renascia!