domingo, 10 de julho de 2011





NA PONTA DO LÁPIS

Não percebes como me feres?
como me cortam as tuas palavras?
É como lamina afiada,
navalha em carne tuas palavras.

Sádica poesia escreve,
palavras escritas com sangue,
não se apagam com o tempo;
nem se desfazem com lagrimas.

Não há tradução fiel;
nem verbo que se conjugue;
é a minha vida que escreves;
revelas meu preterito,
destrois o meu presente,
Brincas com meu futuro.

E o que sobra de minha vida?
Não se contentas com meu sofrimento
E roubas as virgulas, os pontos
e não deixas rimas.

Podes tingir minha pele
com sua escrita de palavras tortas,
podes usar cada gota de meu sangue;
mas nunca irás tingir meus sonhos;
pois dela só eu sou dono!


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