quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

FLASHBACK de 24 anos atrás!

Depois da novela "Carrossel",
Um novo flahsback.
Uma história que escrevi há aproximadamente 24 anos atrás, quando tinha entre 6 e 8 anos. Um conto que surpreendeu na época todos os meus coleguinhas de sala, que talvez não esperassem algo assim de mim.
Leiam como uma criança entre 6 e 8 anos e talvez tenham o mesmo espanto e surpresa que meus colegas de sala.
O conteúdo está intocado, apenas ajustado para linguagem atual, afinal hoje tenho 31 anos, mas a história em si é a mesma.

“Deitei a cama como todas as crianças de minha idade. Após um cheiro na testa e um desejo de boa noite, as lâmpadas eram apagadas e as portas fechadas. No escuro e no silêncio quase total, envoltos em um confortável lençol, quase todas as crianças dormiam e só tornavam a acordar no dia seguinte com o Sol batendo diretamente em seus rostos.
Comigo a rotina não foi diferente. Era restaurador todo aquele silêncio e escuridão. Mas havia algo distante, que perturbava meu sono. Não sei definir ao certo, mas aquela noite haveria de ser diferente.
A sensação de cair e de repente ser amparado, uma desaceleração brusca, me fez despertar.  Um espasmo no corpo, estendi os braços como para buscar espaço e esbarrei em algo macio e respirei profundamente o cheiro de terra molhada e percebi angustiado que havia sido jogado enquanto dormia dentro de uma cova profunda.
Levantei e me precipitei para o lado de fora do que parecia uma cova, segurando na enorme parede de areia que caia sobre mim e sujava meu pijama.
Uma fúnebre música ecoava por todo lugar, e a distância podia identificar um velho coreto, iluminado por uma luz bruxuleante, talvez alguma vela. Não ousei olhar para o lado, o pouco que via era suficiente para saber com exatidão onde estava e com certeza ali não era meu lugar, não em um cemitério. Crianças com minha idade nunca deveriam estar ali, muito menos jogadas em um buraco, esquecidas.
À medida que me aproximava do coreto a sinfonia ficava mais intensa, e uma tristeza invadia minha alma e era como se ela fosse convidada a um passeio: “Entrem na carruagem para um lindo passeio, mas antes por favor, deixem seus corpos pendurados neste imenso cabide.”
O maestro vestia um enorme manto que lhe cobria quase todo corpo, vendo-o pelas costas percebi uma enorme cabeleira branca que lhe caia sobre os ombros. Talvez, quem sabe, ele pudesse me ajudar a sair deste lugar.
- Senhor, estou perdido, como faço para sair daqui? Preciso ir para casa. Meus pais devem estar preocupados.
Ao ouvir minha voz, o maestro suspendeu a música e percebi que de certa forma eu o havia interrompido em um momento inoportuno. Pude perceber pela maneira como depositou a batuta ao lado do corpo. A mão que estava livre passou lentamente por entre os cabelos grisalhos, e percebi que mechas enormes caiam à medida que os acariciava e pude ver nitidamente sua pele branca como marfim.
Tentei me aproximar, mas algo como instinto me dizia para se distanciar. Quando pensei em novamente falar algo, a figura pareceu se elevar uns 30 centímetros do chão e virar-se quase fantasmagoricamente para meu lado e senti seus olhos vazios me fitarem, em vez de um rosto, era um enorme crânio sorridente que me fitava. Mesmo uma criança como eu sabia quem ele era, o maestro que regia a vida esperando o momento do grande final, um dos quatro cavaleiros do apocalipse: a Morte.
Elevou a batuta sobre a cabeça e com um giro circular, vi a batuta crescer em tamanho e adquirir um brilho metálico em sua ponta, se não tivesse tropeçado em algo, a fria lamina de uma enorme foice teria me decepado a cabeça.
Rastejando, sentindo a presença malévola me seguindo consegui chegar aonde todo este pesadelo havia começado e sobre uma lápide iluminada pela luz do luar pude ver claramente meu nome escrito nela e a frase: “da vida não levou nada. Deixou para trás saudades e tristeza.”
Ao tentar me recompor e levantar-me, senti o chão sob minhas mãos sumirem, e junto com a terra que despencava, senti meu corpo tombar mais uma vez e  desta vez percebi sobre o que cai. Era um caixão de ceda branco, bem alcochoado, tentei respirar, mas aquele cheiro de terra tornava tudo mais difícil.
Senti uma risada as minhas costas, não deveria me virar, mas mesmo assim me senti como impelido a fazer isto.
Lá estava ela a Morte a me fitar, com sua foice brilhando por sobre sua cabeça, envolta na enorme Lua branca que atingia seu ponto máximo no céu. Só tive tempo de gritar e tentar me proteger cobrindo com os braços meu rosto.
Fiquei alguns segundos nesta posição. Sentia a respiração ofegante e apenas agora sentia meu coração palpitar em meu peito. Uma pequena luz apareceu diante de mim, a voz que vinha por ela era extremamente familiar, era a voz de minha mãe. Ainda estava vivo e tudo não passara de um pesadelo.”

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Enquanto você for
Simplesmente flor
Não tereis Amor
Só pra ti.
Em um jardim
Onde todas
São flores, 
Não seja mais uma,
Bela apenas na Primavera.
O que você for,
Não seja só mais uma flor,
Seja um jardim de sonhos
Sinceros, um lago translúcido,
E só assim eu ti veja,
Flor entre tantas outras,
E quem sabe possa dizer:
"Realmente, como é bela
Aquela flor!"

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

O que esperar
Quando abrir 
A porta
E mais uma vez
Descobrir
O espaço vazio
Do meu quarto?
O pequeno cobertor
Jogado ao pé
Da cama,
Em quem deitamos
E lembrar que agora
O calor sobre ela
É apenas lembrança
De uma noite com Amor.
Talvez fosse um sonho,
Talvez não,
Afinal seu batom
Ainda tingia a fronha
Do travesseiro
Que seus lábios 
Tocaram, sem perceber,
Enquanto brincávamos
Que por um segundo
Naquela quarto 
Tínhamos todo o mundo.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Aniversário

07 de Novembro de 2012

Hoje completo 31 anos de existência,
apagarei hoje mais um ano de minha vida,
simbolizado por mais uma vela que queima sobre um bolo,
e és que neste pequeno intervalo paro e reflito:
"neste ano de vida que se foi, o que fiz? será que fiz realmente valer?"
e quando olho adiante, és a incerteza de quantas velas, quantas chamas ainda terei o prazer de apagar, e terei o presente de me fazer sempre a mesma pergunta.
E este ano tenho o prazer de ter uma bela poesia chinesa como presenta para mim e para todos que me acompanham neste blog, para refletirmos  juntos. (poesia tirada do livro "Poemas clássicos chineses")

FLORES FUGAZES

Não que goste de flores
a ponto de morrer por elas,
mas temo a beleza que se vai,
a velhice que se aproxima.
E dos galhos elas se lançam,
efêmeras, sobre o chão.
Aos tenros botões,
peço que desabrochem,
se possível com doçura.

domingo, 4 de novembro de 2012

Não há dor,
nem sentimento
aflorando num peito
em que a vida
gentilmente dilacerou
todos os sonhos.
Flutuando, sobre o crespo
chão da realidade
caminham,
os pobres restos,
do que um dia
por mero acaso
do que acreditasse
ser vida, foi gerado
apartir de degetos,
sobras do universo.
Um vulto,que perante
a escuridão desaparece.

domingo, 21 de outubro de 2012

O COSMONAUTA

Indiferente e imperceptível
O distraído cosmonauta,
Diferente das estrelas,
Suspenso sobre o universo,
Como pequeno fio de seda
Entre dedos de Moiras,
Entrelaça o seu destino
Rumo ao desconhecido.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

FATÍDICO

Solene, com um largo
Sorriso abobado no rosto e
Um olhar vago
Profetizava para platéia 
Invisível  sobre acontecimentos
Vindouros, de um futuro
Que só existia em sua imaginação.
Incansável peregrinação,
Seus fiés seguidores, 
Uma dúzia de cães,
Vira-latas em sua maioria,
A quem por ocaso de sua loucura
batizou com os mesmos nomes
Dos apóstolos, e não a toa,
Que justamente Judas
Lhe mordeu, num dia
Com raiva. 
Não houve milagre,
Nem ciência que lhe curasse.
Morreu como um indigente,
Da mesma maneira
Que veio ao mundo,
Sem pai, nem mãe, e
Se um dia teve irmãos
Estes o negaram até seu
Último dia.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

BALBÚRDIAS (ou DELÍRIOS DE UM SONHO)

Me curvo perante
as intemperies da vida
até quase sentir
o frio solo
que meus pés
descalços percorreram
desgastados por tão
longa viagem
e não só eles
mas meu corpo fatigado
se consome em
constante desespero
em saber que como
uma gangrena
me consomem
as idéias, muitas delas
um eco distante
de vozes do meu passado
talvez não tão distante,
traumas que se repetem
em cada placa
de aviso,
nesta estrada
que escolhi seguir,
traiçoeira
em cada curva,
pondo em risco
a minha vida,
que talvez
nem faça tanta falta assim
a ponto de ser capa de jornal,
nem lembrança em um obituário.
Antes que anoiteça
é preciso estar pronto
com os olhos
acostumados
para que possa ti ver
ao longe,
dois pontos vermelhos
e quem sabe,
se restar lembraças do dia,
ainda possa me ver,
e perceber
como sua partida,
rumo oposto ao meu,
me deixou desnorteado
perdido com rumo nenhum.

PENSE NISTO.

FRASE DO DIA: Os opostos se atraem, porém se anulam. Apenas os iguais se completam!

domingo, 30 de setembro de 2012

Para quem tocam
Os sinos, a distancia,
lúgubre música?
É o canto da coruja
Anunciado o fim.
Defunto sem choro,
Rimas frias,
Cheias de dor,
Eis a sua mortalha.
Quem respondeu
ao seu chamado?
Almas, que nada vida,
Padeceram como você.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

IMPUTRESCÍVEL
 
 
Sinta o gosto amargo
Dos meus verso
Em sua boca
Ao tentar me recitar.
 
Nauseante sabor,
Assim é a realidade
Quando rimas de um poeta.
 
Sob caustica verdade,
Tento curtir as palavras,
Que diante da calúnia
Não padecem, nem apodrecem.
 
Mente vazia peverte
Da palavra seu signo,
Fútil remanescente
Um infecundo saber.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ALMA (DO POETA)
 
 
Eis que finalmente
Cansada de brilhar,
A lamparina sobre
Seu derradeiro leito
Se apaga e leva
Consigo toda esperança
Que nela depositou.
Não se opõe,
Nem oferece resistência.
Tinha a alma agora
Preenchida pela escuridão
Que ela deixou,
Lembrança dolorosa
De que um dia existiu
Fé em seu coração.
Do que você tem medo,
Se não do verme
Quer devora suas entranhas.
As do poeta são seus versos
E seus vermes, a estupidez humana.
 
Pestilento humor que flui
E tinge seus versos,
Eis a vil herança deixada
Encravada em seu genoma,
Desde sua gênese,
Deformando e moldando seu caráter.
 
Pobre poeta, que ao fim
De sua jornada,
Em seu universo de criação,
Não lhe rendam adoração.
Talvez seus versos rejeitem
O que seus pares não querem.

domingo, 23 de setembro de 2012

Brilhou refletindo cada raio de esperança
Sorriu como não deveria
Amou, muitos dizem em vão
 
Acreditar em todas as verdades
deixou em seu coração grande vergão
e se vão foi Amar, o que lhe sobraria?
 
O ponteiro do relógio sempre atrasado
não há como correr contra tudo que se deixou passar
Quando nos impõem tantas verdades, e nos afastam cada vez mais do que somos, um longo verso,uma longa estrofe sem fim.

sábado, 22 de setembro de 2012

2ª FRASE DO DIA (Pensando em meu Amor): "A inteligencia é a beleza que poucas mulheres tem e a única que dura mesmo depois de mortas."
Não uso estas palavras,
a não ser quando elas
tragam a ti algum prazer morbido.
se não gosta de meus poemas
nem tudo é perfeito!
eu não gosto das mangas!
mas eu não diria: "perfeito!"
Perfeição é algo pessoal
E se limita
ao alcance dos nossos egos.


FRASE DO DIA (dita e pensada por mim):
Um louco é simplismente um indivídio sem poder de convencimento.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Qual o melhor tempero
para um poeta
se não a dor e o sofrimento
que sufocam seus sentimentos
e fermentam suas idéias?

Conservado no vicio
enebriante do álcool
e na dependência de atenção

Vomitar palavras
Ressaca de idéias
és o mal de ser poeta
acreditar que todos
tem que aturar
o que ele depois
não tem coragem de limpar

É dificil acordar deste sonho.
Com a boca suja
de palavras vômitadas
e o cabeça cheia de merda.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Se minha vida
se limitasse as lagrimas
que derramei
Minhas lembranças seriam
apenas nuvens em dias
de inverno chuvoso

Seu sorriso esquecido
em lembranças passadas
de um dia de Sol!

Talvez a cor do céu
um dia voltasse
em todos os tons de Azul.
E em rios calmos
as lagrimas que derramei
seguriam viagem
rumo a dentro do continente
de minha alma

Esquecido de tudo
que passei
de tudo o que sofri
voltaria a ti
oh Sol! oh belo Amor
e em ti voltaria a sentir
o calor de viver!

PARADIGMA (continução)

(...)

- Como está o jantar?
- Excelente.
Tim-tim.
Um sorriso. Seu olhar encontrou com o de sua esposa.
- O que foi querido?

(...)

- Antes você tinha certeza que era um sonho, mas agora...
- Ela olhava pra mim, sua voz distante, mas a sua raíva estava ali, eu sentia e era toda direcionada para mim.
Seus olhos me fuliminavam!
- O que você fez a sua esposa?

(...)

- Neste tempo todo em que estamos juntos, aconteceu algo, alguma vez ti dei motivo para me odiar? Para que você tivesse estrema raíva de mim?
- Querido, de onde você tirou este pensamento louco? vivemos tão bem! Somos tão felizes juntos! e temos uma filha tão adorável.
- É verdade. Mas nunca houve nada?

(...)

- Nada!
- Tem certeza?
- Sim!

(...)

- Beba um pouco. Não vou odia-lo porque esqueceu uma vez a data de nosso aniversário. Um sorriso sincero surgiu em seu rosto.
- Obrigado querida.

(...)

- Mas tem certeza de que não era um sonho?
- As coisas não parecem ser o que são.
- Você me deixa as vezes confuso. A quanto tempo eu te acompanho? A quanto tempo estamos aqui, você como paciente e eu como psicanalista?

(...)

- 10 anos. Pra muitos uma eternidade. Mas para mim, um pedacinho do que ainda está por vir. Acho que não deveriamos parar apenas nela, acho que ela merece um irmãozinho.
- Podemos tentar.
- Hoje seria uma noite maravilhosa. Segundo meus cálculos hoje é meu dia de ovulação.

(...)

-
- Mas tem certeza de que não era um sonho?
- A sensação de estar sendo constantemente vigiado. Memso quando a escuridão voltava. É tudo tão real!
- Não seria exagero?

(...)

- Não. Não acho que seja exagero. Um pouco de silicone nestes seios, tornariam eles muito mais atraentes.
Ele sorriou enquanto tocava e beijava seus seios.
- Eu gosto deles como são.

(...)

- "Eu não gosto dele..." Ela foi bem clara. Não era um sonho. Ela nunca foi tão real. E as palavras, nunca foram tão sinceras: "Eu não gosto dele!"

(...)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

PARADGMA

- Como tem certeza de que foi novamente um sonho?
- Simplismente tenho esta certeza.
- Mas o que ti dá esta certeza? Tudo escuro, você não vê nada. O silêncio é absoluto, você não escutada nada. Seu corpo não transmite nenhuma sensação tatil, mas mesmo assim você insiste que este enorme vazio que preenche sua mente pode ser chamado de sonho?
- Sim. Sinto a angustia de ser um recipiente aonde meus pensamentos estão confinados. Não consigo interagir com o ambiente e muito menos o ambiente consegue interagir comigo.
- E mesmo assim, insiste em chamar este estado de sonho? Eu chamaria de pesadelo.
- Como queira.

(...)

Os carros eram cada vez mais númerosos. A quantidade de homens e mulheres também. Talvez isto justificasse esta monotonia de aparências. Todos, sem excessão, poderiam ser enquadrados em um grupos. E estes grupos, ao contrário da infinidade de pessoas que se multiplicam como uma bactéria em um corpo em putrefação, poderiam ser contados com os dedos das mãos.
Ficou parado esquecido do sinal de trânsito a sua frente. Observava cada um que passava, e ao identificar a que grupo pertencia, era como conhece a vida de cada indivíduo.
Suspirou, pois sabia que sua vida talvez fosse assim. A que grupo pertencia mesmo? ah, sim, ele era um pobre trabalhador, pai de familia, que acordava todos os dias cedo e voltava ao fim do dia para casa, sua esposa o esperava e sua pequena filha estaria distraida vendo alguma bestera na televisão.

(...)

- Como tem certeza de que foi novamente um sonho?
- Simplismente tenho esta certeza, desta vez, maior do que as anteriores.
- Explique.
- Um ruído, uma estática, algo parecido. Eu consegui ouvir, distante mas escutei. Era como uma estática e parecia que interajiamos, quanto mais angustiado eu ficava, mais intensa e freqüente ela ficava.

(...)

- Ola querida! como foi o dia?

(...)

- Como tem certeza de que foi novamente um sonho?
- Ela estava lá.
- Quem?
- Minha mulher.

(...)

- Sabe que ti amo. Não precisar fazer biquinho porque esqueci nosso aniversário de casamento.
Os olhos dela reluziram, uma oportunidade de conseguir o que bem desejasse.
- Ok, tudo bem. Já entendi. Sei como me redemir. Por que não coloca nossa filha para dormir e saimos para jantar naquele restaurante que você tanto gosta.
- Eu também ti amo. E pode desligar o telefone, a baba dela está fazendo hora extra, não precisa falar com seus pais para virem cuidar dela.

(...)

- Como tem certeza de que foi novamente um sonho?
- Não tenho mais certeza de que era só um sonho.
- Não entendi.
- As lagrimas, o sofrimento e principalmente a raíva, eram tão reais.

(...)

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

PARTIDA SEM ADEUS

Algumas coisas são inevitáveis,
Outras inesperadas,
Tantas outras trágicas.

Assim resumo
a existência humana:
uma inevitável e inesperada tragédia.

sábado, 25 de agosto de 2012

PREFÁCIO DE UM PROXIMO LIVRO...

QUEM SABE SEJA O PREFÁCIO.....


Reclinou-se de forma desconfortavel sobre a cadeira acochoada, como aquelas que aparecem em filmes, um verdadeiro divã.
Ela não trazia a segurança que desejava encontrar. Sua vida era como uma espiral, cada vez mais distante da realidade.
Passará tanto tempo sonhando, escrevendo sobre contos fantasticos, que hoje tinha certeza
"Eu não sei mais o que é realiade e o que é fantasia."
Um olhar furtivo e interrogador de seu interlocutor.
Estar acordado ou dormindo, não conseguia mais diferenciar, era como saltar de um local para outro.
Apenas o temor constante, de criaturas advindas do espaço, que invadiam seus pensamentos e agora surgiam pelas sombras para assusta-lo. Como poderia convence-lo de que ainda não estava sonhando.
Talvez morrer. Sim um dia pensara em se matar, mas num mundo de ilusões, até a propria morte parecia sorri-lhe como uma doce fantasia. Como poderia morrer, se não sabia se estava acordado?
Talvez morrer só lhe fizesse dispertar em outro sonho ainda mais terrível.
Ou descobrir que a realidade é ainda mais caustica e dolorosa, muito mais assustadora do que aquelas constantes fantasias, do que seu mais terrível pesadelo.
Estava só.
Seu interlocutor tremulava perante a luz fraca que teimava em brilhar de longe em um pequeno abajur.
"O que eu sou?"
Seria fruto de seu proprio sonho? ou um sonho de um desconhecido? de um pervertido?
Não importava.
Nada faria sentindo, não era um circulo perfeito. Era uma espiral a caminho do infinito, a caminho do caos.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

quando eu acordei
o sonho da infância
se desfez
em lagrimas que deixei
para quem?
eu não sei!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

PRESENTE DE 01 ANO DE BLOG

A todos que me acompanham e aos novos leitores do meu blog, o meu presente é esta coletania com o conteudo de 01 ano de blog, uma compilação das poesias e contos.




O valor simbólico custará 15 reais + frete.
Espero que gostem, é um livro feito com carinho e qualidade.
Desejando adiquir é só deixar uma mensagem neste post com e-mail para contato.
Abraços!

quinta-feira, 7 de junho de 2012

PRESENTE

Estamos próximos de completar nosso 1º aninho de existência. (dia 10.07.2012)
Muita Poesia e muito conto escrito aqui. Compartilhado.
E para comemorar estou programando uma grande surpresa.
Espero que gostem. Fiquem no aguardo!

Abraços a todos que nos visitam todos os dias.

sábado, 2 de junho de 2012

ROUXINOL 2

O mundo apenas escreve palavras soltas!
Como pode existir diálogo
Quando só um lê e só um escreve?
Será a vida assim
Esse lento monólogo
Entre eu e eu mesmo?
Sou ator e espectador
Da minha própria vida.
Serei única testemunha
de meu nascimento
E de minha morte.
Minhas palavras ficarão
Esquecidas em minha lápide,
Se ela exister,
Porque de mim, só eu sei.
Talvez um sonho,
Um deslize do pensamento,
A vida não é isto? tropeço e levantar.
Sabemos aonde queremos chegar,
Mas nunca saberemos aonde iremos cair!
ROUXINOL


Por meu prólogo, antevejo meu sumário;
são folhas queimadas pelo calor do tempo,
uma vida sem dedicatorias,
sem notas e muito menos rodapé.

Não há magia
na vida aonde transito.
Asfalto duro, sol escaldante
Céu azul, sem horizonte.

Outdoors, vendem sonhos,
Jornais a dura realidade,
aridas palavras
boca seca, mar salgado.

Pernas tremulas, mal me seguram.
Olhos turvos, ardem e queimam,
é a falta de esperança,
aquele pequeno cisco que sempre incomoda.

Grito rouco reverbera
no meu ouvido, pela minha alma:
somos moto sem freio
que, ao fim da jornada, descobre,
numa disparada, sempre a toda velocidade,
A vida é um beco sem saída!


quinta-feira, 12 de abril de 2012

PENSAMENTOS

A falsa esperança é ofertada por aqueles que utilizam da fé e da fragilidade alheia para galgar a riqueza terrena. Temos que ter muito cuidado e sermos precavidos, pois como está escrito em João 4:1 "não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falso profetas se tÊm levantado ao mundo." Quantos em nome do Deus se apresentam diante de nós todos os dias, realizando falsos milagres. Talvez tão ferrenho, e de lingua tão felina como a serpente (do Gênesis 3:1 e 13"a serpente era a mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feitio" e "então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore . E disse o Senhor Deus à mulher: Porque fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou e eu comi." ) estes falsos profetas assim se intitularão e  suas palavras serão como o veneno que contaminará nossas almas e nosso dissernimento.
Existe a falsa idéia, propagada por estes falsos profetas, de que a salvação está apenas na crença cristã. Como está escrito em João 1:6-7 "Se dissermos que temos comunhão com ele, e andarmos em trevas, mentimos, e não praticamos a verdade. Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo,seu filho, nos purifica de todo o pecado." e Mateus 7:21-23 "Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade".
Também não devemos ser céticos. Não devemos deixar de lado nossa religão, nem nossas doutrinas. Contudo, precisamos ser mais complacentes, e saber adequar os ensimantos ao momento contempornêo.( Mateus 9:16-17 "Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos, aliás rompem-se os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.")
Creio por fim, que mesmo presos a lideres religiosos que literalmente usam do verbo para ludibriar, acredito que mesmo estes encontraram a salvação. Não pela mãos destes falos profetas, mas talvez porque a salvação seja algo inerente a nossa existensia, até para aquele pecador. (Jeremias 50:6 "Ovelhas perdidas têm sido meu povo, os seus pastores as fizeram errar, para os montes as desviaram; de monte para outeiro andaram, esqueceram-se do lugar de seu repouso" e Lucas 15:4 "Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa as 99 no deserto, e vai após a perdida até que venha acha-la? E achando-a, a pões sobre seus ombros, jubiloso; E chegando em casa, convoca os vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei minha ovelha perdida.")
Para concluir, não devemos deixar que nossas angustias ceguem o nosso discernimento, devemos lembrar que: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu." (Eclesiastes 3:1)

terça-feira, 10 de abril de 2012

Páscoa!

Uma conto que estava em minha cabeça que seria minha mensagem de Pascoa, mas só pude postar agora, feliz pascoa a todos:
"a meses vinha sendo castigada com dores insessantes, seu tumor progredia digerindo suas entranhas e dissolvendo os seus ossos. Era acompanhada pelos mais conceituados profissionais, os quais ostentavam os mais diversos títulos em suas respectivas profissões na área da saúde. Estava desenganada, havia aceito todo tipo de tratamento que lhe foi oferecido por aqueles senhores de pele enrugada, cabelos brancos (quando os ainda tinham). Fora furada, cortada, drenada, recebera todo tipo de drogas, perdera cabelo, alguns anos de sua vida (aparentava 60, mas só tinha 25 anos).
Acreditava que todo aquele sofrimento tinha um propósito, que um dia iria escutar: " Parabéns, você está curada!" Mas aquela tarde um dos seus médicos, o mais ancião de todos, entrou acompanhado de um homem tão idoso quanto ele. Estavam sérios, fitavam. O brevo silêncio fora mais caustico que todos os anos de doença, até o momento em que um deles abriu uma bíblia e começou a ler, e só então ela compreendeu, que havia chegado ao fim a ciência humana e que só lhe restava agora a fé em um milagre.
Durante dias foi visitada por as mais diversar figuras religiosas, todas trazidas por aqueles cientistas que cuidaram durante anos de sua vida. Talvez esta fosse a forma que encontraram de dizer que estavam jogando a toalha sobre o ringue, mas não a deixavam de mãos vazias. Restava-lhe a esperança de um milagre.
Teve fé, confiou mais uma vez em seus velhos médicos, presos aos seus paradigmas de ciência e religião. Ofereciam -lhe a salvação e a cura com tantos deuses de nomes tão estranhos e as vezes tão familiares.
Esperava "O" milagre. Ele aconteceria. Todos lhe garantiam.
Aos poucos seus antigos médicos, foram sumindo e em seus lugares não apareciam ninguém. Provavelmente os mais novos escutaram o conselho sábio dos anciões: "é um caso perdido, agora só nos restar esperar por um milagre."
Não recebia a visita do único médico que insistia em visita-la. Não o dava ouvidos. Ele entrava, sentava pacientemente ao lado dela, esperava que ela falasse, como esta não dizia nada, falava-lhe por alguns minutos. Não sabia sobre o que ele falava. E se este lhe oferecia algum remédio novo, negava-se a tomar, arrancava os acessos e gritava. Estava a espera de seu milagre!
E assim foi sendo consumida, inicialmente lentamente, mas depois que seus velhos médicos abandora-na seu câncer se tornou ainda mais agressivo.
O jovem médico, o único que ainda insisita em visita-la, foi o único que presenciou seu último súspiro, e foi o único que lamentou a perda tão prematura de uma jovem garota.
Seu caminho foi longo até as portas do paraíso. Seu corpo ainda estava fatigado pelo sofrimento que tivera na terra. Mas sentia que a cada degrau que subia, ficavam para traz suas chagas.
Finalmente percebeu que chegava ao fim sua caminha, diante de um enorme portão de chumbo.
Uma voz suave a convidava a entrar. Se sua vida tivesse sido reta, com poucos pecados, aquele portão de chumbo seria leve como uma pluma, mas se esta tivesse levado uma vida desgarrada, seria pesado, como o material de que era feito, pesado como chumbo.
A dono da voz percebeu que esta trazia em seu coração uma angustia, uma pergunta que aguardava a resposta. "Menina, você se pergunta o que fez para não merecer o milagre que por tanto tempo orou." Ela ascentiu com um gesto da cabeça.
"Durante meses, anos, você sofreu com sua doença. Aqueles que os homens diziam ser os mais sábios estiveram cuidando de você. Mas em nenhum momento eles chamaram, clamaram pela aujda de seu Deus. Achavam que eram superiores e que sozinhos consegueriam vencer esta luta. Tentaram durante anos trata-la com a arrogância que vocês mesmos homens instilaram neles, a ponto de se acharam superiores ao seu prórpio Deus. E quando não puderam mais nada fazer, chamaram as principais figuras religiosas, apenas para conforta-la, pois tanto seus médicos, quanto os líderes religiosos que os acompanhavam não acreditavam mais na sua melhora. Viram seu Deus apenas como uma panaceia!"
"Mas veja aquele jovem médico, que pacientemente sentava-se ao seu lado todos os dias, mesmo quando os seus mestres o desencorajavam. Você nunca deu atenção, nem sequer tentou escuta-lo um dia sequer. Ele perdeu sua mãe logo em seu parto, ficando aos cuidados de um pai bebado e drogado. Cresceu pelas ruas, conviveu com outras crianças que se entregavam as drogas e prostituição. Seu pai morreu 7 anos depois que a mãe dele morreu. Ele precisou se cuidar sozinho. Trabalhava em troca de comida e abrigo. Sofreu abuso sexual algumas vezes, foi ameaçado de morte. O pouco que tinha, que sobrava, investia em seus estudos. Ele procurou sempre a companhia de alguém que pudesse ensina-lo algo bom. Veja, após muito batalhar, hoje ele é um competentissimo médico, um dia será um grande médico. Nunca se achou superior a seu Deus. Sempre serviu de instrumento para suas obras. Veja garota, o milagre que sempre procurou, estava ao seu lado e você se fez de cega, surda e muda. Apesar de todas as adiversidades ele lutou e venceu na vida. Um milagre! e você ignorou, aquele que seria o instrumento de sua cura. Você negou diversas vezes."  

terça-feira, 13 de março de 2012

Feliz Aniversário Recife e Olinda!!!

Recife e Olinda fizeram aniversário ontem. Uma poesia pra comemorar:

Recife, velha menina,
Que em dias de chuva
Me lembra Veneza!
Olinda ti vê
Por cima
Ti abraça por necessidade
Como gêmeas bivitelinas
Siamesas de criação,
Tão diferentes,
Apagam as velas
Juntas, por opição?
Talvez Iemanjá ti deseje
Mais Olinda!
Enquanto Recife abraça
As donzelas, Marias Madalenas,
Em busca de perdão,
Pão, fornicação...
Talvez o que o dinheiro
Não compre,
A vaidade aponte,
Quem será a mais bela:
A Olinda cheia
De história, ou
A Recife vestida
De concreto?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

RASCUNHO, depois corrigirei a gramatica a escrita


Era um sombra do que já fora. Antes um respeitado médico, ontem um indigente. Mas hoje estava entre os criminosos mais procurados de todo o Brasil. Não que a polícia fosse de uma eficiência que o assustasse, não, está não era sua maior preocupação. Atormentava em saber que mais uma vez sua vida ruia e desabava em um pressipicio ao qual já achava ter chegado ao vale mais profundo anos antes quando a filha de um político morrera em um dos plantões no qual ele era médico. Ele não tivera nenhuma culpa, ela era uma drogada viciada em cocaina e outras porcarias da moda. Ela já chegou morta, a culpa não era dele, e sim das drogas, mas a imprensa e o poder do político ofuscaram este fato e a midia fez a cabeça de todos: "doutor mata filha de famoso político". Depois disto todas as portas s fecharam, desemprego, separação, bebidas. Morava há algum tempo em um pequeno quarto, trabalhava como segurança noturno. Era engraçado que mesmo tentando o anonimato, todos olhavam para ele e a sensação era como se estampado em seus olhos existisse a culpa de algo que ele sabia ser inocente. Era uma figura indesejada, contudo tolerada, não achariam em lugar nenhum alguém para trabalhar e troca de comida e alojamento.
As vezes ganhava uma garrafa barata de pinga, quando não, surrupiava uma garrafa de alcool do material de limpeza. Aceitavam, na maioria das vezes, algumas era forçado a trabalhar dobrado para cobrir o custo. Esperava apenas pacientemente que esta vida corrida e nada saudavel acabase com ele o mais rápido possível. talvez neste rítmo durasse apenas mais alguns meses.
Mas naquela tarde sua vida voltara a afundar. Fora acordado as 3 da tarde, uma encomenda com seu nome. Nunca receberá algo. Agradeceu. Entrou em seu pequeno quarto. Ficou alguns minutos enamorado com aquele presente, antes de criar coragem de abri-lo. Precisou da ajuda da pequena faca que utilizava para cortar a carne dura do almoço para poder abrir o pacote.
Seus olhos arregalaram-se ao vislumbrar algo disforme dentro da embalagem. Tateou com a mão e sentiu uma sensação ambigua, primeiro sentiu um calor que a medida que progredia com os dedos dentro da caixa, era subistituido pelo frio metalico. Assustado puxou a mão com o conteudo da caixa e pode ver a luz uma arma de brilho opacu. E ao voltar seus olhos a caixa, ao fundo tingida de sangue, estava uma orelha humana dessepada.

Ficou talvez horas atordoado, sem encontrar explicação, quando de forma brusca foi trazido novamente a realidade por fortes batidas em sua porta. Colocou a arma de volta a caixa, e foi até a porta, abriu-a sem questionar quem o pertubava, talvez um condomino querendo alguma ajuda em troca de uma boa dose de pinga. Abriu a porta e para sua surpresa um homem de figuras grosseiras o empurrou para dentro, tirando qualquer chance de defesa. Em segundos, estava imobilizado, algemado e com a cara no chão. Percebeu que o brutamontes não vinha só, dois policiais o acompanhavam, não entendia o que diziam, mas percebia que estava encrecando. Seus jestos eram claros, apontavam da caixa para ele e para sua mão ensaguentada. O achavam culpado de algo. Caira em uma armadilha, um novo precipicio que cavaram para enterra-lo ainda mais.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

"Os Homens que não amavam as mulheres"

Acabei de ler o livro da Séria Millenium "Os Homens que não amavam as mulheres" e a imagem que tive da personagem Lisbeth Salander é algo parecido com a atriz Ellen Page (que fez meninamá.com) e não de Rooney Mara (que fez o remake amaricano da versão pras telonas deste livro).




Bem as primeiras 80 páginas podem parecer monotonas, mas recomendo insistir, pois apartir deste ponto a trama fica viciante! Se puderem: Leiam antes de ver o filme.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

RASCUNHO DE IDÉIAS

CAPÍTULO I: O Nascimento do Mundo 1ª Parte

Durante milênios, a grande tartaruga Keret (hebraico cidade ou colônia) nadou por entre os longos fios de cabelos negros de Laylie (hebraico noite, cabelos escuros). Em sua longa jornada, a grande tartaruga teve que se acostumar com a solidão, pois percebeu que era única. Laylie sempre a acompanhou em toda sua jornada, tentando dar tudo que a tartaruga precisava. Por mais que tentasse falar com a tartaruga, Laylie sabia que de sua boca não sairia uma palavra, pois a milhões de anos por inveja de sua linda voz, seu irmão Iabá (árabe arrogante) havia cortado sua língua, e está se perdeu em um mar de lágrimas que Laylie chorou por séculos. E neste mar, sem poder cantar mais suas lindas músicas, a língua de Laylie se cobriu de uma poderosa boca, como uma armadura, tão resistente que nunca mais Iabá tocaria nela. E o desejo de novamente cantar se cristalizam todas as noites em lindas perolas.
Então, Laylie sentia pena da pobre tartaruga, que cada dia lhe parecia mais triste. O que deveria fazer para aliviar o sofrimento da pobre tartaruga? Um dia nadando perto de um dos ouvidos de Laylie, Keret suspirou: “eu seria muito feliz se tivesse alguém ao meu lado com quem conversar”. Sensibilizada, Laylie passou dias pensando em como ajudar a pobre tartaruga.
Perdido em seu pensamentos um dia a tartaruga percebeu algo estranho na parte mais alta e escura dos longos cabelos deLaylie. Era como um enorme sorriso branco que crescia e cada vez maior, até ficar redondo, como ela nunca viu. A tartaruga parou sua jornada e ficou admirando aquela enorme bola branca. E de repente sentiu como se algo caísse por sobre suas costas, algo macio e quente.
Virou sua enorme cabeça, revirou os olhos, em suas costas estava um ser estranho, que nunca tinha visto antes, com a pele tão escura quanto os cabelos de Laylie. Keret curiosa perguntou:
- Quem é você?
A figura sorriu, e Keret pode ver sabedoria em seus olhos:
- Eu sou Nahum, filho de Laylie. Ela me fez com um pedacinho dela, veja ali no céu. Em pouco tempo estará tudo preto novamente e então outros nascerão de Laylie e nos farão companhia. Ela sempre acompanhou você e compadeceu de sua solidão, como não podia conversar com você grande tartaruga, ela nos fez e nos chamou de homens. E nos deu a missão de cuidar de você.
A Grande tartaruga sorriu, pois havia tanto o que conversar. Pacientemente Nahum sentou em suas costas e conversaram.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

PROJETO "NAHUM", EM BREVE

Amigos, em breve estarei escrevendo um pequeno conto infanto-juvenil com desenhos feitos por mim, espero que este projeto seja concluido na 2ª quinzena de fevereiro.
Para quem ficou curioso já tenho título para o projeto se chamara "Nahum" (pode ser escrito também como Naum) é um nome masculino, do latin: único. este é o personagem deste conto, único e, como foneticamente o nome sugere, ele é algo negado na vida, mas não pela vida.
Aguardem!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012


O BEIJO

Existe um crime maior
do que roubar seu sorriso
E deixar apenas as lagrimas?


Antes que a saudade
do contorno dos seus labios
nos mate lentamente,
matemos a saudade primeiro.