segunda-feira, 24 de setembro de 2012

ALMA (DO POETA)
 
 
Eis que finalmente
Cansada de brilhar,
A lamparina sobre
Seu derradeiro leito
Se apaga e leva
Consigo toda esperança
Que nela depositou.
Não se opõe,
Nem oferece resistência.
Tinha a alma agora
Preenchida pela escuridão
Que ela deixou,
Lembrança dolorosa
De que um dia existiu
Fé em seu coração.

Um comentário:

  1. Vejo os pombos no asfalto
    Eles sabem voar alto
    Mais insistem em catar as migalhas do chão
    Sei rir mostrando os dentes
    E a língua afiada
    Mais cortante que um velho blues

    Mas hoje eu só quero chorar
    Como um poeta do passado
    E fumar o meu cigarro
    Na falta de absinto
    Eu sinto tanto eu sinto muito eu nada sinto
    Como dizia Madalena
    Replicando os fariseus
    Quem dá aos pobres empresta
    A deus

    Zeca Baleiro- Blues do Elevador! ^^
    (eu não tinha sentido nada, mas agora senti)

    ResponderExcluir