quarta-feira, 19 de setembro de 2012

PARADIGMA (continução)

(...)

- Como está o jantar?
- Excelente.
Tim-tim.
Um sorriso. Seu olhar encontrou com o de sua esposa.
- O que foi querido?

(...)

- Antes você tinha certeza que era um sonho, mas agora...
- Ela olhava pra mim, sua voz distante, mas a sua raíva estava ali, eu sentia e era toda direcionada para mim.
Seus olhos me fuliminavam!
- O que você fez a sua esposa?

(...)

- Neste tempo todo em que estamos juntos, aconteceu algo, alguma vez ti dei motivo para me odiar? Para que você tivesse estrema raíva de mim?
- Querido, de onde você tirou este pensamento louco? vivemos tão bem! Somos tão felizes juntos! e temos uma filha tão adorável.
- É verdade. Mas nunca houve nada?

(...)

- Nada!
- Tem certeza?
- Sim!

(...)

- Beba um pouco. Não vou odia-lo porque esqueceu uma vez a data de nosso aniversário. Um sorriso sincero surgiu em seu rosto.
- Obrigado querida.

(...)

- Mas tem certeza de que não era um sonho?
- As coisas não parecem ser o que são.
- Você me deixa as vezes confuso. A quanto tempo eu te acompanho? A quanto tempo estamos aqui, você como paciente e eu como psicanalista?

(...)

- 10 anos. Pra muitos uma eternidade. Mas para mim, um pedacinho do que ainda está por vir. Acho que não deveriamos parar apenas nela, acho que ela merece um irmãozinho.
- Podemos tentar.
- Hoje seria uma noite maravilhosa. Segundo meus cálculos hoje é meu dia de ovulação.

(...)

-
- Mas tem certeza de que não era um sonho?
- A sensação de estar sendo constantemente vigiado. Memso quando a escuridão voltava. É tudo tão real!
- Não seria exagero?

(...)

- Não. Não acho que seja exagero. Um pouco de silicone nestes seios, tornariam eles muito mais atraentes.
Ele sorriou enquanto tocava e beijava seus seios.
- Eu gosto deles como são.

(...)

- "Eu não gosto dele..." Ela foi bem clara. Não era um sonho. Ela nunca foi tão real. E as palavras, nunca foram tão sinceras: "Eu não gosto dele!"

(...)

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