terça-feira, 2 de outubro de 2012

FATÍDICO

Solene, com um largo
Sorriso abobado no rosto e
Um olhar vago
Profetizava para platéia 
Invisível  sobre acontecimentos
Vindouros, de um futuro
Que só existia em sua imaginação.
Incansável peregrinação,
Seus fiés seguidores, 
Uma dúzia de cães,
Vira-latas em sua maioria,
A quem por ocaso de sua loucura
batizou com os mesmos nomes
Dos apóstolos, e não a toa,
Que justamente Judas
Lhe mordeu, num dia
Com raiva. 
Não houve milagre,
Nem ciência que lhe curasse.
Morreu como um indigente,
Da mesma maneira
Que veio ao mundo,
Sem pai, nem mãe, e
Se um dia teve irmãos
Estes o negaram até seu
Último dia.

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